domingo, 5 de fevereiro de 2012

Entro. Conheço a minha casa. É mansa
Sinto-lhe a respiração.
 Dorme sobre os meus pés
À chuva
Estende o patamar aos primeiros rios

Mora nas margens para ser a mais matinal
Das nascentes – a escuta

Junto na concha das mãos as palavras
Iniciais. Posso dar de beber
Aos que caem
Aos que encostam o ouvido à orla
Marítima. À bainha da mãe
Posso juntar as margens. Ou soltar a água
E correr

[Daniel Faria]

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