quarta-feira, 9 de maio de 2012

Medo da noite


Toda vez que essa brisa noturna passa
Me trás um frio que congela minha alma
Oxida e parece enferrujar tudo ao meu redor
E me vejo num cenário, cheio de sombras
Sombras da noite...
Que se movimentam ao som dessa brisa
Se sacodem de leve, uma dança mística
Me sinto perdida, na visão que desconheço
E me vem por visita os medos
Tantos medos, que é difícil enumerar, sinto medo de tudo, até do que não pode nem se quer assustar.
Essa noite tão estranha, misteriosa...vem e desperta as angustias da infância
De uma garotinha que se sentia desprotegida
Sozinha numa estrada rodeada de silencio
Tem noites
Em que o vento sopra diferente
Em que as sombras das árvores assustam
E nada parece seguro
Mas talvez o problema não seja o escuro dessa noite,
Nem o mistério dessa brisa
Mas sim o eclipse total que acontece aqui dentro, em mim.
Talvez a visão do mundo, dependa da visão do que enxergamos
Nas noites que se passam dentro de nós...

Cristina Lira

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