quarta-feira, 30 de maio de 2012

Voz da saudade.

Se cai a noite plácida, serena,
Tão branca de luar — doce magia...
A carícia da brisa torna a cena,
Num requinte envolvente de poesia.

O azul do céu de uma beleza extrema
Povoado de estrelas irradia,
E qual o encantamento de um poema
Faz palpitar sutil melancolia.


No Coração da mata um mocho pia
Rompendo a solidão num tom dolente,
Como um canto de amarga soledade.


E o coração da gente silencia
Porque mais alto que sua voz ardente
Fala a voz melancólica da saudade.


(Bernardina Vilar)

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