quarta-feira, 30 de maio de 2012

A sombra e a escuridão.


A escuridão como uma figura assimétrica, perfeita. Como salvação. Redenção. Bem e mal em um único corpo difuso. Yin e yang em um apenas, completo, sem linhas limites definições. Depressão filha de Satanás, Anjo Maldito! A escuridão como o perfeito absoluto a ser alcançado. A compreensão total na falta de sentido. O caos divino. A ilusão suprema. Maldita seja a mercadora de ilusões. A última cortina caindo, desvelando-se. O negror. Corvo podre maldito. A cegueira. A inutilidade dos sentidos – de todos eles. O sentir-se completamente perdido; em um caminho sem retorno. A escuridão – interna e externa. O todo. O nada. A ilusão. O eu. A escuridão. Um ciclo. Um círculo. Perfeito. Tudo sempre perfeito incompreensível inalcançável. Os delírios. A morte – mais uma. O fim. O começo. O eterno retorno. A eterna agonia. O peso. A leveza. A fuga. A impossibilidade da fuga. O desespero. A calma. As tentativas – todas vãs. O nada. O tudo. Agora venha a sombra e a escuridão. 

Autor desconhecido

Nenhum comentário:

Postar um comentário