quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Marinheiro Popilon

Marinheiro Popilon...Há muitos e muitos anos, existiu um marinheiro chamado PAPILON. Ele navegou durante anos por mares turbulentos, às vezes entremeados por calmarias e foi durante esse período que ele acreditou ter chegado a um porto seguro e fez ali sua morada. Sopraram os ventos, veio a tempestade e ele firme, construiu sua família. Pensou ter encontrado um grande amor e desse amor surgiram dois filhos a quem ele chamou ANNA e NOAH. Dedicou-lhes todo o amor que um pai pode dedicar a seus filhos e cada vez que pensava ter passado a tempestade, sopravam novos ventos que varriam para longe toda a esperança de felicidade. Até que um dia, ele resolveu lançar-se ao mar novamente, a procura de outros portos onde pudesse se abrigar dos ventos fortes que ameaçavam destroçar sua embarcação. E foi durante essa aventura que ele chegou a uma ilha deserta, onde pensou que não existisse ninguém. Percebeu, então, que na areia da praia, o amor havia deixado pegadas profundas, em formato de coração. Curioso, decidiu seguir essas pegadas para ver se a ilha era tão deserta assim. Caminhou muito tempo e acabou chegando a uma cabana onde percebeu que havia luz acesa. Cansado da caminhada, resolveu entrar, a procura de abrigo. Encontrou ali uma mulher muito só, que durante muito tempo se distraia, fazendo.caixinhas muito coloridas e de vários formatos, onde guardava todos os sonhos que acalentava. Curioso, não resistiu à tentação e foi abrindo, caixinha por caixinha, para ver o que havia dentro delas. Em cada caixinha que abria, foi descobrindo que haviam sido guardados ali, AMOR, ESPERANÇA, CARINHO, AFETO, AMIZADE e muitos outros sentimentos que ele, com o tempo, foi conhecendo.Um dia, ele abriu a última caixinha que guardava um sentimento que ele desconhecia: - A LIBERDADE - E por não conhecer o significado dessa palavra, se aventurou novamente ao mar. Tentou durante muito tempo descobrir o que isso significava e quanto mais procurava, menos entendia. Era algo diferente de tudo aquilo que já havia experimentado. E assim, ele continua até hoje, buscando em cada porto um lugar seguro para ancorar a sua curiosidade. Depois que o marinheiro partiu em busca de novas aventuras, a mulher fechou cada uma das caixinhas e as escondeu em um lugar tão seguro, mas tão seguro, para que ninguém mais pudesse abri-las. E a partir desse dia, as luzes da cabana se apagaram e as pegadas da praia sumiram para sempre.

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