terça-feira, 6 de março de 2012

Pronome, giz, eu

Se teu registro é deixar nome no muro,
O meu registro é deixar nome no peito.
Lá por dentro.
Além das camadas da tua pele.
Lá no fundo, onde o verdadeiro EU se revele.
Atropele, sua farda ultrapassada,
Seja outro e descubra tua beleza.
Se encaixe no perfil que eu mereço.
Antes que a tarde se aborreça.
Coloque seus pronomes para funcionar,
Daí, em mim as sílabas vão se encaixar.
Não se torne o culpado do barulho,
Pois eu digo, desconheço seu futuro.
E o presente é um céu que cobre,
Que recobre as palavras não ditas.
Pro meu sangue,
Pro meu nome,
Pro meu eu.
Junto ao seu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário