quarta-feira, 28 de março de 2012

Doença da Lua


O ponto está lá, bem longe, numa distância infinita.
Ao lado, o mensurável, ilumina o breu opaco azulado dos ambientes por onde desfila a visão embaçada. Não no descansar a esperança de mirar uma imagem.
O ponto está lá, próximo, numa distância visível.
Ao lado, a imperfeição da perfeita indecisão de aceitar uma justaposição pelo histórico traumático perfeito.
O ponto ainda está lá, no seu adimensional tamanho distanciado pelo lado alado. E ao lado, a dimensão prata de medida certa fluorescente não se move infinitamente no manifesto sem ação legível.
Este pequeno ponto no céu infinito da noite sem cor, irradia sua composição aprimorada, própria, como a tábua rasa que se afunda pela ajuda do passar. E ainda ao lado a chuva lunar prateada pelo brilho dos pontos, ainda cai nos observadores anestesiados, patologicamente, pelo poder deste irradiar.
O ponto e a lua. Lado a lado.
Distância.


Vitor Sampaio


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