terça-feira, 26 de outubro de 2010

'Eu quero olhar a lua, dia após dia, e acompanhar suas mudanças, nuances e a sua delicadeza. Eu quero que a minha bipolaridade se amenize, que seus efeitos não sejam tão radicais, e cortantes. Eu quero a minha insônia livre, distante, e repassada à frente! Eu quero casar de véu, grinalda e vestido branco, numa igreja pequenininha, mesmo que não agora. Eu quero ver o mar e sentir a areia, deixar o sol penetrar na minha pele, e bronzear. Eu quero a sincronicidade dos relacionamentos, umas pistas do destino e ver tudo às claras, tudo às boas. Eu quero me manter no papel de mulher independente, que dirige seu próprio carro, cuida da sua casa própria e não esquece da vaidade e de si mesma. Eu quero a cura da minha instabilidade emocional, e descer às vezes, quando necessário dessa minha montanha russa que intitulo, vida. Eu quero ao meu lado as pessoas que exalem a exentricidade, gente louca, pessoal estranho que eu possa me aprofundar, crescer e rir numa boa. Eu quero agora, ou nunca mais. Now or never. Oito ou oitenta. . Eu quero um homem de terno, nós em sua gravata pela manhã (desfeitos, feitos ou refeitos) e um beijo na bochecha como quem diz "tenha um bom dia".  Eu quero que o meu anjo, minha mãe, continue me guiando e mesmo atrapalhada, não me abandone nunca, nunca, nunquinha.
Eu quero demonstrar interesse sincero, quando possível e não desse meu jeito intenso e reacionário. Eu quero tudo por completo; nada de restos, ou pedacinhos, migalhas. Eu quero a fé.E quero viajar pelo mundo! Eu quero ohana, quero família. Quero nunca mais abandonar, nem esquecer. Eu quero o charme, o encanto e a sedução; tudo isso é essencial. Eu quero declarações inesperadas. Eu quero observar, e não falar nada. Porque não é preciso. Eu quero a simplicidade (pra que muito?). Eu quero que as minhas atitudes independam da de qualquer pessoa, para que tudo que faça, sinta e veja sejam verdadeiramente eu. Eu quero que não te preocupes, porque embora o mundo esteja assim às avessas e sucumbido de modernidade, tudo ainda é natural. Dizia Caio, se for pra gente se encontrar, a gente se encontra. Aqui ou na China.'

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