quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desmoronamento do fingimento.

É a vida que queres
E o palco que mereces,
O cenário inconstante
De amor, de amante.

E eu sou dona de mim,
Sei de cor o meu monólogo
Sei de cor a tragédia e o prólogo.
Domino o drama
Choro lágrimas de lembrança,
É mais uma máscara que componho
Como finjo sonhos.

Ardo de desejo
E apaixono-me num beijo,
Sou mulher de guerra
Mulher sem chama,
Quem engana ou quem ama,
Estou pronta para te receber
Embebida em desgosto.
Mas tenho um só rosto
E um coração deposto.


Não corres pela cama
Que pela noite te chama,
És comédia sem aplausos
Infeliz que ri no meio do drama.


Veste o corpo escrito para ti
Finge o rosto que sorri para mim,
Sabes que na história errada
O sucesso é incerto.
Junta as máscaras e vem mentir junto a mim,
Nesta peça de teatro falta alguém que ri.

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