sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uma noite estranha.

Foi uma noite estranha, como tantas já foram iguais.
Sentindo necessidade de alguém pra conversar
Entrei em uma grande sala, muitas pessoas estavam lá.
Pessoas que nunca se viram se escondiam atrás de nomes falsos.
Falavam de si e de sua vida, sem nenhum tipo de relapso.
Relatavam seus segredos, medos e anseio.
Desejos ocultos, ambições de vida, casamento desfeito.
Desilusão merecida, filhos revoltados, trabalhos forçados.
Pensamento convicto, ambição profissional,
Desilusão sentimental.
Em meio a tantas pessoas que procuravam companhia,
Lá estava ela, que quieta a tudo lia.
Não falava com ninguém, e nem aos cumprimentos respondia,
Apenas observava, e olhava com tristeza tanta Hipocrisia.
Cheguei-me devagar, como nem quer conversar,
Sentei-me ao seu lado, e sutilmente comecei a falar.
Surpresa sem igual, o tempo nem se notou.
Ao fim da noite, quatros horas se passou.
Relatamos o que pensávamos, ensinou-me a encarar.
Meus temores recolhidos, e me fez levantar.
Seu nome eu não sei, e nem fiz questão de saber.
O meu também não perguntou.
Três dias já se passaram,
E falar com ela me faz muito bem,
Não é meu amigo, muito menos meu bem.
Apenas uma pessoa a qual soube me escutar
Ouvir meus pensamentos como ele mesmo fez ontem a relatar
Isaias eu o chamo, ele a mim de Sara vai chamar.
Somos apenas espectadores da vida
E a todos ficamos a observar
Tirando de tudo isso
Uma lição pra se guardar
Quem não crê em Deus
Não tem nada e nem motivos pra continuar.

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