quarta-feira, 28 de julho de 2010

andarilhos

Na madrugada ainda escura, saímos devagarzinho,
está chovendo, esta frio...
as ruas conhecidas vemos,
na estrada cinza entramos,
entre as gotas do parabriza enxergamos que a recta é longa,
que o passado é pesado
assim nos vamos,
com duvidas
mas uma vez, assim nos vamos
carregando lembranças, sorrisos,
já sentindo a saudades
saudades de uma vida, de um lugar,
e algumas historias
que como tudo na vida passa
intentamos deixar de pensar para bloquear os medos de não saber o que ira a acontecer,
si é sim, e si é não,
si for sempre, se for nunca
e como minha vida de andarilha leva tao forte as lembranças de pessoas que pela rotina da vida delas que muda de amigos não debem nem se lembrar mas de mim

pois é uma dura e cruel realidade, o tempo e espaço apagam os passos,
podemos dizer que nos lembraremos uns dos outros por sempre,
mas novas situaçoes sempre chegam prenchendo o espaço que ficou vazio, produzindo novas historias, novos sentientos novas saudades,
quem é forasteiro sempre lembra de cada lugar que passou, cada pessoa que conheceu, pois não tem só uma vida para viver, nos apegamos a muitas historias que convivimos,
não são grandes, não são tão completas,
por isso nos jogamos de cabeça em uma paixão, intentando aproveitar cada segundo, cada instante, criando de momentos historias, pois nosso tempo não tem tempo para esperar criar as historias de uma forma mas...artística,,,,, forçamos os fatos, falamos na sinceridade, gritamos aos quatro ventos, e fazemos o que queremos, porque nao devemos nada ninguém, nao temos laços, nem espaços, somos donos só dos nossos passos...
então quando vamos embora sentimos aquela sensação de vazio invadindo,
aquela sensação de o que será desta vez?
intentamos fantasiar coisas incríveis, para abafar o sentimento de dor de não ter paradeiro,
de não ter amigos desde a infância, amigos de mas de 6 anos de convivência,,,
abafamos a dor de nao ter uma rotina e nao ser igual a resto da população,,,
somos diferentes,
somos andarilhos,
e a cada despedida, rimos, e falamos que voltaremos, choramos, as vezes por fora mas sempre sempre por dentro,
entendemos que vida gira muito rápido, e os anos, são como dias,
as estações nos distraem, e novas cidades nos apaixonam,
os dias passam rápido, estamos sempre conhecendo algo novo,
assim como quem nasce e vive sempre na mesma cidade conhece tudo e fica procurando novas situações para passar os dias, espera por algo especial final de semana,,, para quem é andarilho, tem uma surpresa a cada esquina, toda árvore é nova, toda rua tem um nome diferente, e os vizinhos são sempre gentis, pois não tem tempo de criar discórdia,
o nascer do sol sempre é novo, e o brilho da lua mostra sempre um novo brilho...
ser andarilho, andar sempre por novas ruas, por diferentes estradas,
não temos medo da morte, temos medo da não vida...

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