segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sopro de Verão.

O que a noite não consegue escurecer, acabo por soprar.
Sempre me adianto, como se a alma corresse na frente, como se o dia não passasse de horas, como se o tempo fugisse aos tombos por aí.
Quando acordo o sol no início me perturba, me cutuca, me amedronta. Quando consigo abrir os olhos ele vira meu companheiro, meu amigo.
E assim é com todo mundo. Nem um passo a mais, nem um a menos: Fique parado até meus olhos acostumarem. Depois do primeiro ofuscar, chegue mais perto, assim consigo enxergar melhor. Depois do primeiro sorriso, fique comigo, sou a melhor companhia.
Quando a noite não consegue mais agüentar, carrego comigo as frases do dia, e o sopro termina o que o sol começou a fazer.
Queimar, queimar, até adormecer.

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