sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quanto

Quanto de mim deixei escondido...
Quanto mal resolvido?
Quanto de mim reservei, resguardei...
Quanto revelei?
Quanto de mim,ora viesse à tona,
Por insistência ou teimosia,
Diz-me:
De quanto ainda seria dona?
Quanto de mim, rebeldia...
Quanto, valentia?
Há um espaço, um colo, um certo langor...
Hoje, mais que nunca,
Quanto me custaria?
Desejei o cansaço da noite no abraço.
Que farias...
Que dirias tu,
Quanto de mim amarias,
Se te permitisses?
Diz-me:
São meus os olhos que vejo nos teus refletidos?
São minhas, as tuas noites,quando sonhas comigo?
Ou dirias que não, porque o tanto é muito pouco,
E o pouco, não te basta?
Quanto restaria, quanto faltaria?
Quanto mais seria preciso?
Quanto?

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