quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Olha para além do que consegues ver.

Vejo-te de muito longe. De onde não sei. Só te vejo a ti, sei que és tu embora esteja escuro. Cada vez que dou um passo na tua direcção é como se tu desses dois para trás; por isso prefiro ficar quieto.

Não sei para onde olhas tu. Será para aquele mar que levemente é desenhado no meu campo de visão? Ou para aquelas grandes montanhas que dele saem e rebentam fora de água fazendo escorrer um enorme lençol vermelho? Ainda são pintadas no céu escuro, nuvens de algodão, com formas desfocadas.

Olhas para trás. O que vês agora? É para mim que olhas?

Por mais que tente a tua resposta será:
- Olho para trás porque infelizmente os mares, as montanhas e os céus não me deixam caminhar em frente.

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