quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Não me abandones!

- Não te posso contar!
- Não confias em mim?
- Confiar, confio. Mas já me deixaste uma vez.
- Eu mudei. Juro-te.
- Não me mintas. Deixei de acreditar em ti. Porque é que voltaste?
- Não suportava a tua ausência.

Abracei aquele vulto que se encontrava atrás de mim a sussurrar. Já não conhecia aquele toque. Desconhecia aquela voz e o cabelo estava mais curto. Continuava uma pessoa com ar angelical, mas no entanto tinha o coração demasiado confuso.

- Dá-me uma oportunidade.
- A última.
- Prometo-te que não será preciso mais nenhuma. Vamos ser felizes.

Não acredito na felicidade. Muito menos ao teu lado. Quero-te e isso não posso negar; mas já me magoaste tanto que não sei se vais conseguir montar o mesmo coração que partiste. Se não fossem aquelas pessoas especiais a apoiarem-me quando tu me deitaste fora, eu não saberia o que fazer e o meu destino seria de abandonar covardemente este mundo. Porque sem ti não vale a pena continuar a viver.
Sem ti até respirar se tornou difícil.


- Estás feliz?
- O que é a felicidade?
- A minha felicidade és tu.

Não menti. O meu objectivo foi sempre ver-te sorrir. Claro que prefiro que sorrias para mim, que olhes para mim e me abraces a mim. Mas não mando nos teus gestos.

- Sabes…
- Sei…
- Continuo ciumento.

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