domingo, 29 de janeiro de 2012

Quero ignorado, e calmo


Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.


Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.

Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada 'spera
Tudo que vem é grato.

[Ricardo Reis]

Nenhum comentário:

Postar um comentário