Pesam-me as pálpebras,
Quase não consigo manter os meus olhos abertos.
Mais um minuto, penso!
Mais um instante!
Mobilizo as minhas últimas forças.
Tenho o corpo desfalecido.
Deixo os braços caídos ao longo do corpo.
Já falta pouco! Muito pouco!
Repito para mim.
Mas este cansaço vence-me.
Abandono-me …
Sinto o bater do meu coração compassado …
O seu bater embala-me e quase adormeço!
Queria sentir-te entrar!
Adivinhar no teu andar como foi o teu dia,
Mas deixo-me abandonada nesta indolência que percorre todo o meu ser.
Queria sentir a tua respiração e descobrir se sentiste a minha ausência!
Como gostaria de desvendar teus segredos … as palavras que deixaste por dizer …
Desvendar cada gesto teu…
Mas … abandono-me e adormeço …
Amanhã … amanhã mergulharei no teu olhar e escutarei teu coração.
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