E foram se arrastando os minutos e as horas até que começasse a tarde.
Tarde cinza com faíscas de azul. Cores médias.
Saltei pro lado de fora de mim. Fui abrir todas as portas.
Sonhar. Porque sonhar me desencadeia de ti.
É que ando saturada dessa falta de vontade.
Dessa mania de tristeza.
De me auto sabotar.
Porque se dar ao menos uma chance é preciso.
Para limpar todas as paredes do limo do comodismo.
Remexer o azedo de nós para que talvez se torne um pouco mais doce ou azede de vez.
Tentando desse modo expelir a sensação de se estar vivendo uma vida toda pra dentro.
Vez ou outra essas urgências me aparecem fazendo uma última chamada.
Puxando forte pelo braço. Exigindo uma resposta.
Para evitar - quem sabe - uma queda ainda maior no abismo que eu sou.
Por isso decidi saltar de pressa para o lado de fora.
Escrever assim como há tempos não fazia
Deixar de me consumir.
Como forma de espantar fantasmas.
Pedir proteção.
Me virar do avesso.
Não vê?
Tenho saído aos poucos do forno que a casa se torna.
Tentado respirar um ar que não seja o condicionado.
Sempre em passos largos pra qualquer lugar, contanto que seja em frente.
Felicidade Clandestina.
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