sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Caminhos, Confusão, Canção


O garoto dos olhos que espelham o céu, foi andando pelas ruas mesmo, pois é ali onde ser deve caminhar.
Em cada esquina sabia por onde ir, sabia seu rumo, e o caminho se tornou de ressalto intensamente belo, e tudo lhe era certo, então foi caminhando, caminhando ...

E num olhar tudo se torna estranho
ao seu redor
tantos caminhos existiam
e a certeza?
para onde foi?
por onde seguir?

E perguntava em cada esquina
procurava somente entender
- O que há neste caminho?
Eram tantos, e em cada esquina cada um lhe dizia algo
não sabia onde seguir

E sua mente lhe confundia
pensava, pensava, pensava
olhava, olhava, olhava
e quanto mais pensava
mais caminhos se formavam
só lhe restou confusão

Sentou-se, viu-se obrigado a fechar os olhos e abandonar-se a escuridão de não pensar, e entregar-se a benção de vendar-os olhos e vender-se a imprecisão de não ver, e apenas seguir.
Uma melodia desconhecida aventurou-se pelos seus ouvidos, não sabia ao certo se já ouvira ou se aquela era tocada apenas para si. E a melodia comecou a sair pela sua boca, seus olhos, nada viam e agora, de pé, apenas a melodia orientava seus passos.
Nessa cegueira não se via o caminho a ser seguido, a sua unica certeza era de que tudo é incerto e não importa o quando sabes, mas sim quão bela é a música e com quanta intensidade a cantas ao caminhar.

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