Hoje despertei mal dormida, amor.
E me deu uma vontade louca de escrever,
de viver o amor enquanto ele ainda vive.
Deu vontade louca de ir 'praí' te ver,
de tirar toda a capa,de cortar toda a língua alheia
que maldiz o que a gente tem.
Pra ser mais exata eu digo sim pra tudo o que vier,
contanto que eu tenha a tua mão na minha
no antes, durante e depois do 'tudo'.
Não é exagero e nem mentira quando
eu fecho os olhos e consigo te ver.
Não, eu não minto quando falo das
vontades constantes que tenho de ti.
Palavriando talvez,eu não saiba dizer,
porque muitas vezes prefiro o nosso silêncio.
Porque muito me agrada olhar calada seus olhos rasos.
Uma caneta e um papel e te faço um borrão.
Um borrão de amor ás seis da manhã,pra aliviar a saudade.
Porque eu ando num mundo paralelo desde que te vi.
Você põe, eu como.Você fala, eu escuto
Eu rezo só pela nossa cartilha amor.
Porque eu encontrei o que eu sempre procurava,
e em nós eu posso me firmar.
Não, eu não sei blefar contigo,
só sei que amor desse modo eu nunca tinha visto.
E por mais que as palavras se rasguem,
as frases fiquem soltas,
de alguma forma todas as coisas que nos envolvem ou
que foram trocadas por nós continuarão a soar,
como um sino desvairado.
Palavras,papéis,sons,tudo isto se perde mon petit.
O que interessa é ter sentido.
O que importa mesmo é o arrepio,
é aquele 'sonzinho' que o nosso silêncio tem,
é o encaixe da tua alma na minha.
O resto, aquilo que for palpável, deixa passar.
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