terça-feira, 5 de junho de 2012

"Só me resta a vida inteira..."

Sou o avesso do meu próprio caminho, 
mais sutil do que meus versos, 
olhar pouco traiçoeiro,
sou reticências.
Meu ímpeto coloca - se á frente da razão, 
meu riso mantém - se solto e vermelho. 
Nasci subjetiva e talvez eu morra assim;
com as mentiras mais deleitosas,
o copo derramando verdades impróprias,
coração repleto de amor pra esquecer.
Mergulhei no egoísmo de me amar apenas
e mais do que qualquer outro.
É preferível morrer no seu próprio mar a 
ser mais um sobrevivente da falta de consciência daqueles 
que nasceram apenas pra ocupar espaço.
De vazio cheio de dúvida já me basta esse que me foi designado.
Não me vacinei contra os mal intencionados e indecisos como eu, 
me vacinei contra a tristeza prolongada,
contra o jeito grotesco de viver.
Só não quero morrer sem ao menos saber 
por que motivo me colocaram aqui.
Não quero a vida imperativa,
quero a não definida, a infinita 
- se possível.


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