Senti uma vontade imensa de fugir para sítio incerto, de me encontrar comigo mesma. De reflectir sobre isto a que todos chamam de "vida". Senti vontade e necessidade.
Quero viver mais, quero esticar a corda sem a quebrar..quero ser tudo no meio de um nada repleto de coisas especiais.
Hoje senti-me particularmente forte. Respirei fundo e, como se batesse com os sapatinhos de verniz vermelhos, voei dali para fora. Apeteceu-me gritar, dançar, aparvalhar por tudo e por nada. Apeteceu-me apetecer tudo do mais esquisito que há e não há.
Apeteceu-me mandar pasta e cadernos ao ar e correr feita louca sem destino. Sem medo do final da estrada, do precipício. Cair? Caímos todos os dias em falsas superstições!
Hoje quis ser mais e melhor. Hoje quis, de facto, viver intensamente o dia de sol de verão.
Ao tempo que não sentia os raios ofuscarem-me a vista, o calor afoguear os meus braços. Faltou-me verão do meu país este ano. Hoje, mais do que ontem, apeteceu-me VIVER!
O tempo escasseia e eu sinto-me cada vez mais apertada na concretização de sonhos, ideias e objectivos. Estou acorrentada ao moralmente correcto. Qualquer dia fujo. Qualquer dia fujo e vou ser livre...prometo!
Alexandra Bigotte De Almeida
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