quinta-feira, 26 de abril de 2012

Morte de Poeta


Quando fechar os meus olhos p’ra sempre
Quando minhas mãos para sempre parar
E este corpo na terra descer ao seu ventre
Quais lembranças de mim vão restar?

Minha vida foi feita com lutas extremas
Mas com um luto ela vai se encerrar
Ah... Não terei mais os lindos poemas,
P’ra minh’alma no além se alegrar...

Tive o amor benfazejo e as delícias,
Mas também meus invernos polares.
Inimigos d’alma e tão doces carícias
D’outros anjos, do céu, d’além mares

Restará talvez breve lembrança,
Neste verso que uma alma alcançar...
Talvez seja um alento ou bonança
Para a alma em que o poema tocar...

Se possível queria uma pedra epitáfio
Com um poema de amor exaltar
Deixo, porém ao tempo,
O dia e à hora chegar...

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