segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O andarilho e sua sombra.


Amanheceu o átrio de meu coração
Desde que parti no longo caminho
Na exploração da própria razão,
Deixou de engolfar a desilusão
Mergulhada na penumbra do cadinho
De fastio e loucura.

Tenho já a angustia em não poder tocar
E pegar o que parece fugir do pensamento;
Aflição pela descoberta cotidiana de novos
Conceitos e mundos desconhecidos
vida prossegue em transformação
Dias se transformando em anos
E minutos em imensidão.

Assim vai o andarilho e sua sombra
Descortinando novos horizontes
Onde brotam canções novas
Grávido de idéias e cambaleante
Dançando com o ribombar da brisa
A rebater seus cabelos esvoaçantes.

Portos, chegadas e partidas
Sem rumo, sem destino
A procura de uma estrela guia
Que lhe encaminhe a si mesmo
Em busca de uma centelha de liberdade
Onde possa descansar das caminhadas
E conquistas nas escadas da vida.
Davi Roballo

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