domingo, 26 de setembro de 2010

Dê um fim.

Gosto tanto do seu cheiro cítrico meio adocicado, da sua pele de homem que me envolve para me tornar mais mulher. Sempre está longe e nunca deixa de estar perto, pelo menos pra mim, penso que acabou e digo que nunca mais, mas nunca mais é tempo demais. E todas as promessas de nunca mais acabam com um sorriso, um olhar, um toque, o seu cheiro. Essas promessas acabam quando você me abraça e diz algumas palavras, e até sem palavras e somente com sua respiração forte ao pé do meu ouvido, já é o bastante para me fazer quebrar todas as promessas e mesmo estando cansada de me enganar e me iludir, eu sempre me entrego. Sinto me presa, algemada, uma prisão inafiançável, onde só você pode me libertar, você tem parte da culpa, por me dizer tantas mentiras sinceras. Você deu inicio e não deu um fim, esse é o problema. Se houver possibilidades, me mostre e não vamos perder mais tempo. Mas caso contrário tire-me qualquer possibilidade de ter esse sonho. Não alimente mais minha ilusão. Dê um fim. Não me permita te amar, não me permita saber de você, me liberte dessa prisão, me liberte de você. Fale-me, desde quando você deixou de me amar? Você um dia me amou?
Ajude-me a ficar com raiva de você, eu não consigo, talvez esse seja o único jeito. Talvez assim eu deixe de gostar tanto do seu cheiro, do seu sorriso, do seu olhar, seu toque. E não vou mais precisar do seu calor. Talvez.
Eu, infelizmente, ainda te amo e estou sentindo uma saudade repentina, lembrando do seu cheiro cítrico meio adocicado.

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