domingo, 26 de setembro de 2010

8760 horas

Foi o começo de tudo. Naquela data nada ia dar errado, nada estaria fora dos eixos, não naquela noite. O brilho nos seus olhos, e o calor das suas mãos diante do nervosismo daquela surpresa que estava por vir era o que a fazia sorrir e achá-lo a pessoa mais incrível do mundo.
Deitados olhando um para o outro, como se fossem muito íntimos começaram uma brincadeira. Não era uma brincadeira comum, foi surreal. Talvez ela devesse ter parado com tudo ali no mesmo instante que se tocaram, os rostos que ainda não se conheciam estavam agora se explorando, mas ela prosseguiu com a insanidade, com suas mãos geladas e apertadas, o coração bateu tão rápido que ela pensou que não fosse agüentar. Talvez ela pensasse que já estava dormindo e fosse um simples sonho. Aquilo não parecia certo e talvez fosse por isso que tremia tanto, era real. Ainda deitados, ouvindo sua respiração forte, acomodava-se e sentia uma estranha sensação inexplicável.
Talvez ele ainda a faria feliz, ou talvez devesse ter parado com a brincadeira.

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