sábado, 31 de outubro de 2009

Dor e cura. Dor é cura.


Sei que minhas perguntas são o dedo sujo na ferida aberta, mas, perguntando, descobri tuas palavras como aquele remédio que arde e sara e mata todas as bactérias e faz a pele fechar. E, ainda que a cicatriz permaneça visível e brilhante por todos os nasceres de sol até o fim de nossas vidas, nenhuma faca é capaz de abrir uma ferida que eu fechei, que nós fechamos. Por isso eu pergunto e a resposta me arde e me queima e me transborda numa dor úmida e salgada, numa dor quase desumana e, ainda assim, me faz bem tua resposta. Porque tu és minha resposta. E só tu tens o poder de me curar.

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