Não me preocupo em entender,vivo e ultrapasso qualquer entendimento.Sou simplismente eu msm,complicada e infinitamente cheia de defeitos...Msm assim não posso deixar de acreditar em mim!!!
sábado, 31 de outubro de 2009
Infância tardia
Por não termos a senha da roda-gigante, nos sentamos na xícara, porque ela também anda em círculos. E aí, você começou a girar, nunca me perdendo de vista, sempre me mantendo na posição de único objeto em foco em meio a um borrão multicolorido. Então, você quis mais. Acelerou. Girou tão rápido que tudo ao redor ficou de uma cor só, e meu rosto borrou. Qual o sentido de ir rápido demais quando não se chega a lugar algum? Não, eu não sinto muito por ter gritado até fazer você parar. Eu te puxei pelas mãos e nós saímos juntos - ainda que trôpegos, nauseados. Um pra cada lado.
Sobre mãos e asas
Ela era o tipo de pessoa que sempre quis segurar um passarinho. Toda vez que algum se aproximava, ela - sem saber porquê - o espantava. Era quase involuntário. Talvez fosse vontade de saber em que velocidade ele fugiria, saber qual o efeito que seu movimento causaria nele. Talvez fosse medo que ele chegasse perto demais e fosse embora por vontade própria. Ou conseguir segurá-lo entre os dedos e sufocá-lo com a força que fazia para que ele não fugisse. O fato é que ela sabia que não poderia segurar o passarinho para sempre. Jamais cogitou gaoilas - ora, passarinhos nasceram para voar! Mas e se ele resolvesse ficar? E se sentisse que suas mãos eram um ninho? E se ele cantasse todas as manhãs só para vê-la sorrir, saísse para caçar umas minhocas e voltasse todos os dias? Ela se sentiria responsável por ele, o esperaria voltar. Teria medo que não voltasse. O problema era que, por trás do ato impulsivo e involuntário de espantar o passarinho, havia todos estes medos. Todas as remotas possibilidades. E se ele não voltasse? E se ela se encantasse com o cantar de outra ave? E se ele se encantasse com o cantar de outra ave? Ele continuava pulando na direção da garota, e então ela pensou que, talvez, se ficasse muito quieta, ele pudesse confundi-la com algum elemento do seu hábitat, como uma árvore, e pousasse em seu ombro. Mas o que isso mudaria, afinal? Que importava que suas mãos fossem capazes de se fechar ao redor do corpo inteiro do pássaro, mesmo que ele não pudesse diferenciá-las de galhos? Ela sabia não poder criar raízes...
Mais fácil criar asas e voar com ele. Se fosse possível.
Sim
Abri mão dos embrulhos. O presente veio seco, direto de teus lábios, e não era um beijo. Você sempre soube as palavras certas. Deus sabe que, durante aqueles dias, o meu passatempo era me esconder atrás das cortinas e te observar enquanto pensavas estar sozinho. Conhecer teu eu verdadeiro. E foi tão lindo descobrir que não, não havia nada a ser descoberto... Te amei ainda mais. E sabes que o fato de saberes que eu só te deixei vir para preencher meu próprio vazio quase me fez pensar que fosses tu, mas o teu "não" foi tão certo, tão ponto final. Eu nem te perguntei, e disseste "não". Te amei ainda. Depois que te flagrei atrás de uma cortina, eu entendi. Nós procurávamos motivos, éramos iguais até no medo. Te amei. Era tão assustador ter algo pleno, era tão definitivo. Nós sabíamos, mas éramos humanos. Que ingênuos havíamos sido ao esquecer este detalhe. Então, sem esperar, te descobri tão humano quanto eu, ainda mais. Separados por uma cortina - era este o nosso destino? Foi por isto que esperamos uma vida? Mais. Sorrimo-nos de nós mesmos. Não. Não seria assim. Procurávamos por uma certeza, por uma garantia. Encontramos mais do que esperávamos, não soubemos o que fazer e, de repente, tudo ficou claro. Teu "não" se calou para sempre. Disseste o que já sabíamos, com um sorriso dançando nos lábios. E a história nunca terminou.
De sempre em diante
- Você me faz ir contra meus princípios!
- Para que princípio, se eu sou seu meio e fim?
- Para que princípio, se eu sou seu meio e fim?
Aos olhos alheios
"Um dia tu vais compreender que não existe nenhuma pessoa totalmente má, nenhuma pessoa completamente boa. Tu vais ver que todos nós somos apenas humanos. E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?"
Teus hábitos se tornarão reações inusitadas, teu sono será interpretado como desinteresse, teu cansaço será confundido com rudeza. Qualquer vírgula ganha um poder de exclamação, e tudo o que você pede é que, por favor, não haja nenhum ponto final na sentença. E a mudança foi para ti, mas não em ti. Procuram motivos para sentir incômodo com tua felicidade, enxergam mudanças onde não houve, te acusam de ser quem sempre foste, como se, de repente, tivessem se dado conta do que já sabiam. Ah, ........, que bom que não só tu me entendes.
Teus hábitos se tornarão reações inusitadas, teu sono será interpretado como desinteresse, teu cansaço será confundido com rudeza. Qualquer vírgula ganha um poder de exclamação, e tudo o que você pede é que, por favor, não haja nenhum ponto final na sentença. E a mudança foi para ti, mas não em ti. Procuram motivos para sentir incômodo com tua felicidade, enxergam mudanças onde não houve, te acusam de ser quem sempre foste, como se, de repente, tivessem se dado conta do que já sabiam. Ah, ........, que bom que não só tu me entendes.
Dor e cura. Dor é cura.
Sei que minhas perguntas são o dedo sujo na ferida aberta, mas, perguntando, descobri tuas palavras como aquele remédio que arde e sara e mata todas as bactérias e faz a pele fechar. E, ainda que a cicatriz permaneça visível e brilhante por todos os nasceres de sol até o fim de nossas vidas, nenhuma faca é capaz de abrir uma ferida que eu fechei, que nós fechamos. Por isso eu pergunto e a resposta me arde e me queima e me transborda numa dor úmida e salgada, numa dor quase desumana e, ainda assim, me faz bem tua resposta. Porque tu és minha resposta. E só tu tens o poder de me curar.
"Tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista capitalista, só queria ser feliz, cara. Gorda, burra, alienada
Gorda, burra, alienada e completamente feliz...
Até que chegue o verão.
Not even a dilemma
Bem que meu avô já dizia, e minha mãe sempre repetiu:" É melhor ser e não parecer do que parecer e não ser".Eu nunca concordei - e continuo não concordando - que seja melhor. Mas sempre soube - e hoje confirmo - que, com toda certeza, deve ser muito mais fácil.
Desenfreados
"Você me avisar, me ensinar
Falar do que foi pra você
Não vai me livrar de viver."
Ele se via como alguém em frente a uma bifurcação que levava a dois caminhos certos, apesar de diferentes. Eu o via como alguém de frente para um muro, com o pé no acelerador. Por já ter acelerado contra um muro pensando estar seguindo um caminho, tentei fazê-lo parar. Teria eu mesmo pisado no freio, se pudesse. Não pude.Sabe, dói. Dói ouvir a batida e saber que logo vou ver os estilhaços. Dói não poder fazer nada enquanto te vejo ir de encontro a uma parede tão sólida. Irreparável. Dói imaginar a droga que te injetaram e o efeito que ela te causa - muito além de alucinação. Dói ver teu vício, dói mais ainda te ver gastando teu sangue pra sustentá-lo. E vai doer tirar teu corpo das ferragens, mesmo ainda com vida. Teu sangue espalhado no asfalto - dói. Dói saber que vai doer muito mais em ti.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
O Eterno Substituto
"Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso à parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso ele pode ser separado do monte sem que ninguém sinta falta dele."
"Se no meio de todas as pessoas houver apenas uma que se surpreenda com a vida a cada instante e tenha a sensação, toda vez que isso acontece, de estar diante de algo fabuloso e enigmático... se apenas uma delas experimentar a vida como uma aventura fantástica... e se ele ou ela experimentar essa sensação todos os dias... ele ou ela será um curinga no baralho."
E assim você se contenta com a gaveta. Com o lugar na coleção de peças-não-encaixáveis. Toma consciência da razão de ser das regras impostas por todos/ninguém: não deixar que o jogo seja fácil demais. E não mais lamenta não participar dele. Às vezes ainda bambeia as pernas com o peso da responsabilidade de não ter um número, de não ter um naipe. De ser capaz de se encaixar em qualquer lugar, mas não pertencer a nenhum. De ser o eterno substituto, ocupando um lugar que não é seu. Mas não quebra mais a cabeça tentando entender por que não tem nenhum símbolo gravado nas costas. Sabe tanto quanto os outros, mas ainda assim se pergunta. Ainda assim se surpreende com a presença ou ausência de respostas. Ainda assim as procura e, ainda assim, sem fazer parte do jogo, entende as regras como ninguém, e agradece por não precisar segui-las. Pelo menos na maior parte do tempo.
Às vezes, dádiva.
Quase sempre maldição.
Castelo em ruínas
Ela chorou sentada sobre os escombros do que um dia foi. Os olhos ardiam como se o pó enraizasse na nascente do rio salgado que escorria, descontrolado. Os mesmos olhos que brilhavam furtacor-beija-flor-bolha-de-sabão hoje sustentavam o brilho branco-leitoso, opaco, quase fosco da perda do que não volta, do que já não se tinha. Mas a lembrança triste despencara sobre as alegres-inocentes-infantis com a mesma força com que a parede despencara sobre a grama seca já sem rosas, já sem latidos, já sem ameixas, já sem hibiscos. Ficou só espinho, só sobrou caroço. Osso. O esqueleto de uma vida sem carne, sem sangue. A cartilagem consumida pela terra, aquela que ligava e mantinha o organismo funcionando. Peças separadas, sem encaixe, cada uma sendo devorada por um verme diferente. Sem pulso. Sem vida.
um laço, um nó
Você lembra de uma pessoa com um sorriso idiota até as orelhas e um nó de marinheiro no peito. por quê? porque ela foi importante. Porque você foi embora - e ela ficou e principalmente porque você pensa que nunca mais vai ouvir falar dela de novo. Você guarda uma lembrança, uma folha de caderno escrita com caneta hidrocor, e sabe que nunca, NUNCA aquele papel vai ser esquecido, aquele pedaço de papel que é a única prova física de que aquela pessoa importante realmente existiu, e de que ela também se importou com você. E, de repente - não mais que de repente -, em um domingo de sol como tantos outros, bá BÁ! um sorriso que dá três voltas na sua cabeça, e lágrimas, e uma sensação de felicidade absoluta, talvez. Ela existiu mesmo, do jeito que eu me lembrava! ela é linda por dentro, ela é linda por fora e ela está feliz. E eu também! as duas pontas da fita formaram finalmente um laço. Um nó de marinheiro.
Porque eu sei que é assim
A meu ver, o pior tipo de pessoa é aquele que procrastina. Sabe? Aquelas pessoas que se enganam de propósito, por pura preguiça. Aquele tipinho que se convence de que os outros vão estar aqui pra sempre, só pra poder adiar uma visita. Que finge que acredita que aquele trabalho pode realmente ser feito no último dia. Que sabe que está errado e, ainda assim, continua agindo do mesmo jeito. Talvez o tipo de pessoa que não trabalha, só estuda à tarde, mora ao lado da faculdade e consegue chegar atrasado todo santo dia. Ou que deixa de visitar a avó doente porque quer se convencer de que ela vai estar aqui pra sempre, ou pelo menos por mais uns vinte anos, mesmo que tudo caminhe pro lado oposto. Esse é o tipo, entende? O pior de todos. Aquele que adora mudanças, mas tem medo delas. Medo de assumir responsabilidades. Falta de confiança em si mesmo.Por quê? Eu vivo me perguntando por que demônios eu adio tanto essa visita. Medo de conviver com a realidade da finitude da vida - especificamente daquela vida - ou algo do tipo? Medo de me apegar demais e depois perder? Medo de decepcionar aquela pessoa que só merece alegrias?E foi com essas perguntas que eu cheguei à conclusão de que eu faço parte do pior tipo de pessoa - a meu ver, claro: o tipo que, no medo de perder, acaba não tendo.
Hora Errada.
Ela o olhou nos olhos e desviou. Quis dizer que o amava também, mas sabia que amava todo o resto um pouco mais. Foi confuso, no início, estar na posição de pessoa amada em uma relação unilateral. Mas ela deu um jeito. Decidiu que não corresponder também doía. Porque perdera a chance de amar, talvez? Ou porque a dor do outro a atingia? Tanto faz. O importante é que doía e, tão cedo ela aprendera a conviver com a dor, que tornaram-se companheiras - ela precisava sofrer para manter-se. Não sabia se era capaz de se sustentar sem lamentar e conformar-se com algo, porque nunca havia tentado. Não sabia se havia fichas a serem apostadas. Desviou o pensamento da dor recém criada - e com a qual já se havia conformado -, resolveu voltar aonde estava. Pensou em dizer que era tarde demais, que ela quase o havia amado também, que eles andavam em passos diferentes, essas coisas. Não teve coragem. Pensou em outras explicações para o que não se explica, uma pior do que a outra, e, não sabendo o que fazer, teve a pior reação possível: ela riu. Um riso nervoso, como se fosse algum tipo novo de piada, uma dessas de humor negro, que nos faz rir sentindo culpa... uma risada para quebrar o silêncio - que acabou quebrando algo mais.
Fly Away
O tempo de vida de uma borboleta varia de duas semanas a três meses. Ela nasce feia, minhoca desengonçada... se fecha num casulo apertado e sai de lá perfeitinha ...dá uma volta por ai, para em algumas flores ... e ai morre.
assim como nós, assim como os sonhos...
assim como nós, assim como os sonhos...
yellow white pink stripes
Uma meia sem par,
do tamanho do meu polegar.
Esquecida no posto de gasolina,
como foi que caiu do pé da menina?
De quem foste não sei,
então por que te guardei?
Para que me lembrar
do que nem mesmo sei?
do tamanho do meu polegar.
Esquecida no posto de gasolina,
como foi que caiu do pé da menina?
De quem foste não sei,
então por que te guardei?
Para que me lembrar
do que nem mesmo sei?
Rabiscos Remotos
de longe, te esqueço. De perto, te quero mais próximo. Somos ímãs - de pólos opostos. Ímãs de metal polido, de metal barato. Rachado por um muro vítreo separados.(percebo: nesta história há algo de errado)como pode, em um par de ímãs haver atração apenas de um lado?
permito-me
(deste ponto)
percebo-te
(quase morto)
proíbo-me
(desaponto)
persigo-te
(não te encontro)
permito-me
(deste ponto)
percebo-te
(quase morto)
proíbo-me
(desaponto)
persigo-te
(não te encontro)
como pode um ponto de interrogação mudar de uma frase inteira a intenção?
'Eu que já chorei tanto por amores quebrados sem possibilidade de cola. Que quis gente errada, na hora errada, do jeito errado. Amei um, esperei alguns e espezinhei outros, bem poucos. Que vou até o fim do caminho pra não ter dúvida sobre a felicidade morar na última curva, calejei os pés e sangrei inteira. Que não tenho porcentagem meio: sempre cem por cento, seja nas risadas ou no desejo de deixar de existir que me acompanha desde que me tornei um ser e volta, poderoso, toda vez que o horizonte escurece e meus olhos enxergam só trovões e a impossibilidade de céu azul. Eu que preservo algo em mim, trancado, detrás de placas de 'afaste-se', mas anseio, muda, que alguém invada o terreno, quebre a grade e descubra o que há dentro. Publicamente, cínica e irônica. Em essência, triste..." (Só os idiotas são felizes)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Dois
Rotina
Detalhes de Mim
Adverso
Sinto o que transcrevo
distinguindo-me entre muitas e quando vencida me perco
Do avesso me leio
lastimando-me os sentires e quando explícitos me envergonho
Alterno momentos
esquecendo-me as dores e quando diferentes me permito
Crua me atrevo
salientando-me finita e quando refletida me orgulho
Sobre o que mesmo eu escrevo?
Poeminha do Contra
Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho!
Eu e o Dia
Meu Orgulho
Hoje amanheci realidade.
Hoje faço poesia com a vida sem verso nem rima.
Hoje tomo a liberdade para abrir meu particular, de brincar com coisa séria, de aplaudir grande feito.
Hoje eu aceito abraço, beijo e agradeço.
Hoje respondo aos que perguntam como é ser mãe, com um sorriso maneiro, simples assim, mãe?
- Basta amar e confiar.
Hoje me sinto emocionada, a flor da pele, alegre por direito e de fato.
Hoje me mostro inteira, boa de papo, ouvidos atentos e orgulho estourando o peito.
Hoje divido emoção pelo filho, neurocientista, responsável por colocar o Brasil no honroso quinto lugar, pela descoberta de células-tronco de pluripotência induzida [sem usar embrião] onde até ontem, apenas quatro outros países possuíam linhagens de células iPS [células-tronco de pluripotência induzida, -induced pluripotent stem cells] registradas na literatura científica, Japão, Estados Unidos, China e Alemanha.
Hoje me permito fugir do habitual palavreado para dizer que construí a base de amor mostrando valores do bem, mas é dele o mérito maior, foi ele -ontem menino - que se fez homem dedicado a salvar vidas.
Hoje eu vou tomar um porre de felicidade.
Feliz Ano Novo
Aprendi a desejar o outono nas noites de verão
Aprendi a emoção de cantarolar uma canção inventada
Aprendi a gostar de dias nublados e ver beleza em vento e tempestade
Aprendi a colorir o olhar ao ver a lagoa cor de chumbo
Aprendi a ternura de imaginar meu amor lendo jornal afagado por uma xícara de chá
Aprendi a atender quando chamada Dona Moça, mesmo tendo consciência que a mocidade ficou lá atrás
Aprendi a entender minha letra torta pois é como me assino assumindo identidade
Aprendi que a felicidade custa barato, está no sorriso sincero, no despudor da cumplicidade, no aconchego da completude, na afirmação da simplicidade
Aprendi que não existe solidão quanto se tem memória
Aprendi a confiar no silêncio e aceitar as perdas como se ganhos fossem
Aprendi que ir além é estar nos braços do ser amado e liberdade é o abraço
Aprendi que por mais sábia me ache mais sofrerei de amor
Aprendi a conhecer o nada do outro e absorver o seu tudo de melhor
Aprendi que não sou mar mas tenho olhos de sal
Aprendi que me encantam as palavras e seus significados, que sentir poesia depende do estado de espírito e se manter apaixonado rejuvenesce
Aprendi a crer num Deus e fazer dele meu amigo mais íntimo
Aprendi que saudade aquece a alma, remete sabor de ontem e miniminiza tempo-espaço
Aprendi a manter minha alma livre, meu corpo inteiro, meu coração valente
Aprendi que necessitei de anos para aprender que se pode tudo que desejar, basta pensar forte, amar muito e voar.
Enigma
Premonição
Uma estrela cadente desabará do céu para iluminar seu caminho
- disse sorrindo a cigana ao ler a minha mão -
Acreditei no seu sorriso, então espero a boa sorte pousar no meu quintal.
Ando sem pressa, não corro para chegar pois a ansiedade me engasga.
Amadureci esperando a colheita e hoje confiante nesse presságio, aguardo a estrela mágica que me resgatará.
Ao sabor do tempo, no calor do sol, no frescor da lua.
Vereda
os olhos abrem possibilidades
a língua lambe sentidos
a unha arranha instintos
as mãos agarram desejos
a voz grita medo
a boca saliva beijos
o cabelo balança sensualidade
o seio transmite aconchego
a cabeça dispensa razão
o coração acolhe emoção
a pele arrepia sexo
os pés arrastam anseios
os braços sonham abraços
nas costas estrela a brilhar
na memória saudade fazendo gozar
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
A vida são deveres que trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas...Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, passaram-se 60 anos Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida. Agora é tarde demais para ser reprovado. Se me fosse dado um dia, uma oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida.
Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos.
O amar os outros é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra.
As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto.
Tenho que me apressar, o tempo urge.
Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida.
Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca...
domingo, 25 de outubro de 2009
Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.
* "Eu" meu, baseado no "Eu" dela
* EU
Eu triste sou casulo
Eu brava sou cega
Eu lúcida sou transparente
Eu gata sou manhosa
Eu cega sou mistério
Eu carente sou naufraga
Eu malandra sou sagaz
Eu seca sou metade
Eu fria sou cruel
Eu quente sou salgada
Eu prosa sou verso
Eu santa sou profanação
Eu salgada sou tesão
Eu pura sou tentação
Eu sentada sou comportada
Eu jovem sou tímida
Eu bela sou atraente
Eu útil sou tantas
Eu à toa sou tua
(...)
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim Só não se perca ao entrar No meu infinito particular Em alguns instantes Sou pequenina e também gigante Vem, cara, se declara O mundo é portátil Pra quem não tem nada a esconder Olha minha cara É só mistério, não tem segredo Vem cá, não tenha medo A água é potável Daqui você pode beber Só não se perca ao entrar No meu infinito particular.
Sem Medo
Nossas vidas são frágeis.
E nossos sentimentos são construídos.
A história fica registrada no livro da vida do Universo.
O que fez, está feito, para sempre.
O que fará de agora em diante, é algo que está em tuas mãos...
Mãos trêmulas, incertas? Ou fortes, assertivas?
O equilíbrio se dá através das situações.
Um dia a andorinha canta e voa feliz, forte e dona de si, plaina feliz por toda tua liberdade.
Noutro dia se vê abatida, doente, capturada numa gaiola.
Derrepente um novo ciclo pode se iniciar....
E nossos sentimentos são construídos.
A história fica registrada no livro da vida do Universo.
O que fez, está feito, para sempre.
O que fará de agora em diante, é algo que está em tuas mãos...
Mãos trêmulas, incertas? Ou fortes, assertivas?
O equilíbrio se dá através das situações.
Um dia a andorinha canta e voa feliz, forte e dona de si, plaina feliz por toda tua liberdade.
Noutro dia se vê abatida, doente, capturada numa gaiola.
Derrepente um novo ciclo pode se iniciar....
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito amor.
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito amor.
A verdade é um labirinto.
[Sem] Nexo
Tirocínio
Contradança
que não para de tocar?
E essa dependência
que me leva ao seu querer?
E essa fissura
tal qual éter encharcado n’alma?
E essa paixão
que faz coração suar desejo?
E esse apetite de corpo-baile
que faz dançar com coragem?
E esse vazio de tudo
que é [re]cheio de sensações?
E esse meu riso no seu espanto
que é vigor de nós dois?
Vicio
Leve-me à sua boca como alimento necessário
, nos seus olhos deixe-me morar como guia
, no seu peito preserve-me como aconchego
, no seu sorriso conserve-me como alegria
, no seu corpo ostente-me como tatuagem
, nos seus dedos dedilhe-me como canção
, no seu desejo tenha-me como inspiração
Carregue-me para onde for até quando nos sentirmos [prazer em nós]
- Prometo-lhe boa companhia.
, nos seus olhos deixe-me morar como guia
, no seu peito preserve-me como aconchego
, no seu sorriso conserve-me como alegria
, no seu corpo ostente-me como tatuagem
, nos seus dedos dedilhe-me como canção
, no seu desejo tenha-me como inspiração
Carregue-me para onde for até quando nos sentirmos [prazer em nós]
- Prometo-lhe boa companhia.
Atos...
Porque há em mim desejo antes da rotina imposta
durante a carnificina no sentido figurado
e depois do fato consumado
Porque há em mim desejo antes do dia seguinte
durante a encarnada paixão tinturada
e depois do ato lavrado
Porque há em mim desejo antes do gole que queima
durante a fartura da carne fresca
e depois do caso encerrado
Porque há desejo em mim
antes
durante
e depois
do fim
durante a carnificina no sentido figurado
e depois do fato consumado
Porque há em mim desejo antes do dia seguinte
durante a encarnada paixão tinturada
e depois do ato lavrado
Porque há em mim desejo antes do gole que queima
durante a fartura da carne fresca
e depois do caso encerrado
Porque há desejo em mim
antes
durante
e depois
do fim
[A menina no deserto]
E eu tenho tanto medo da distância que é um centímetro, tempo e silêncio.- É por isso - ele me diz - que eu durmo com o corpo jogado em cima do teu.
Ás vezes não entendo o frio que o silêncio traz, me leva a sonhos tão vazios...
Já nem sei mais
De manhã buscando a minha paz, meu desejo vai te procurar
Eu tenho a luz das estrelas na palma da mão
Mas tudo que eu mais quero é o seu coração
Eu posso andar no arco-íris, dar prata ao luar
Mas o céu azul, no azul do mar, quero poder te tocar...
Me pego olhando tão distante, quanto tempo faz
Será que vai ser como antes, já nem sei mais
Amanhã quem sabe eu possa te achar, tanta coisa eu tenho pra falar
Eu tenho a luz das estrelas na palma da mão
Mas tudo que eu mais quero é o seu coração
Eu posso andar no arco-íris, dar prata ao luar
Mas o céu azul, no azul do mar, quero poder te tocar...
Já nem sei mais
De manhã buscando a minha paz, meu desejo vai te procurar
Eu tenho a luz das estrelas na palma da mão
Mas tudo que eu mais quero é o seu coração
Eu posso andar no arco-íris, dar prata ao luar
Mas o céu azul, no azul do mar, quero poder te tocar...
Me pego olhando tão distante, quanto tempo faz
Será que vai ser como antes, já nem sei mais
Amanhã quem sabe eu possa te achar, tanta coisa eu tenho pra falar
Eu tenho a luz das estrelas na palma da mão
Mas tudo que eu mais quero é o seu coração
Eu posso andar no arco-íris, dar prata ao luar
Mas o céu azul, no azul do mar, quero poder te tocar...
Vale a pena viver a vida, já que a vida não é tudo que ela pode nos dar; Mas sim tudo o que podemos dar por ela. Vale a pena acreditar em si mesmo. Vale a pena confiar em seu reservatório interior. Vale a pena fazer o seu próprio destino. Vale a pena marcar a presença no mundo a sua volta e principalmente no mundo de dentro de você.
Equilíbrio
Dá-me a mão, acredita em mim, e entra no meu mundo, num mundo onde as cores se misturam, onde as ideias e os sonhos passeiam livremente. Entra e vê o que eu sou, como eu simplesmente sou. Entra e vem ver, a paz e calma que o meu mundo nos oferece. No meu mundo eu não tenho medo, no meu mundo eu sou capaz de tudo, capaz de voar sem por algum momento ter medo de cair, sou capaz de sonhar, amar, viver...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Até quando?
Os caminhos
UM QUASE NINGUÉM
CADEIRA DE RODAS
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