A Respiração - Repouso Mental
Perguntando a alguém se sabe respirar, esse alguém nos olhará admirado. Certo que sei, dirá, respiro desde que nasci, porque a vida é respiração. Mas, insistimos, sabe respirar? Claro que sei, será a resposta, já um tanto impaciente.
Com certeza, porém, nosso interlocutor não sabe respirar. Cansa-se quando sobe uma escada, cansa-se quando corre para tomar uma conduç...ão, sente dificuldade respiratória quando se aborrece, tudo isso acompanhado dos batimentos do coração. Por quê? Porque ele nunca atentou para as conveniências do rítmo respiratório.
A respiração é composta de dois movimentos: inspiração e expiração. Pela inspiração absorve-se o ar carregado de oxigênio, e pela expiração expele-se o ar carregado de anidrido carbônico. Quer isto dizer que, com uma respiração correta, damos maior suprimento de oxigênio ao nosso organismo.
Há uma correlação muito grande entre a respiração e a circulação sanguínea. O sangue ao passar pelos pulmões, é renovado com o ar aí contido, fenômeno esse denominado hematose. Quando nos cansamos ou nos aborrecemos, tendemos a respirar rápido e superficialmente, não completando a capacidade respiratória dos pulmões. Com isto, damos um suprimento menor de oxigênio para o sangue. O coração, inteligentemente, procura compensar esta falta e põe-se a trabalhar com mais intensidade, procurando fornecer maior quantidade de sangue oxigenado para as necessidades orgânicas. Devemos, portanto, quando cansados, aborrecidos ou angustiados, procurar respirar ritmada e profundamente. Logo virá uma sensação de calma e o coração voltará ao seu ritmo normal.
Sim, mas que tem tudo isso a ver com o repouso mental?
Conforme sabemos, a mente funciona através do cérebro. No cérebro encontra-se a parte principal do sistema nervoso central. O sistema nervoso é o maior consumidor de oxigênio, devido à energia dispendida no funcionamento de seu delicado mecanismo. Se não lhe fornecemos o oxigênio de que necessita, a função mental ficará prejudicada.
Já repararam nas expressões comumente usadas nos diversos acontecimentos da vida diária? Uff! Que calor! Ai! Meu Deus! Ou, então, um simples e profundo suspiro. Tudo isso é acompanhado de um intenso movimento respiratório com que, inconscientemente, são supridas as necessidades da respiração.
Quando a pessoa tem conflitos, chora, fica pálida, ou vermelha de raiva, segundo seu temperamento, e a respiração se descontrola em soluços ou em intervalos respiratórios além do normal, poderá, então, a título de experiência, como exercício de repouso mental, simplesmente respirar. Respirar profunda e ritmadamente, procurando preencher sua capacidade respiratória, isto é, enchendo os pulmões de ar, sem retensão e sem movimentos violentos. Tranquilamente, respirar tranquilamente, dar oxigênio ao organismo, normalizar a circulação, acalmar a mente, acalmar as paixões, descansar, deixar que um sentimento de paz compenetre a mente, junto com o ar puro. Relaxar os músculos, relaxar os nervos e sentir a quietude que sucede à tempestade.
- Dra. Ophelia Guimarães.
Fonte: Correio Rosacruz, Janeiro de 1959.
Perguntando a alguém se sabe respirar, esse alguém nos olhará admirado. Certo que sei, dirá, respiro desde que nasci, porque a vida é respiração. Mas, insistimos, sabe respirar? Claro que sei, será a resposta, já um tanto impaciente.
Com certeza, porém, nosso interlocutor não sabe respirar. Cansa-se quando sobe uma escada, cansa-se quando corre para tomar uma conduç...ão, sente dificuldade respiratória quando se aborrece, tudo isso acompanhado dos batimentos do coração. Por quê? Porque ele nunca atentou para as conveniências do rítmo respiratório.
A respiração é composta de dois movimentos: inspiração e expiração. Pela inspiração absorve-se o ar carregado de oxigênio, e pela expiração expele-se o ar carregado de anidrido carbônico. Quer isto dizer que, com uma respiração correta, damos maior suprimento de oxigênio ao nosso organismo.
Há uma correlação muito grande entre a respiração e a circulação sanguínea. O sangue ao passar pelos pulmões, é renovado com o ar aí contido, fenômeno esse denominado hematose. Quando nos cansamos ou nos aborrecemos, tendemos a respirar rápido e superficialmente, não completando a capacidade respiratória dos pulmões. Com isto, damos um suprimento menor de oxigênio para o sangue. O coração, inteligentemente, procura compensar esta falta e põe-se a trabalhar com mais intensidade, procurando fornecer maior quantidade de sangue oxigenado para as necessidades orgânicas. Devemos, portanto, quando cansados, aborrecidos ou angustiados, procurar respirar ritmada e profundamente. Logo virá uma sensação de calma e o coração voltará ao seu ritmo normal.
Sim, mas que tem tudo isso a ver com o repouso mental?
Conforme sabemos, a mente funciona através do cérebro. No cérebro encontra-se a parte principal do sistema nervoso central. O sistema nervoso é o maior consumidor de oxigênio, devido à energia dispendida no funcionamento de seu delicado mecanismo. Se não lhe fornecemos o oxigênio de que necessita, a função mental ficará prejudicada.
Já repararam nas expressões comumente usadas nos diversos acontecimentos da vida diária? Uff! Que calor! Ai! Meu Deus! Ou, então, um simples e profundo suspiro. Tudo isso é acompanhado de um intenso movimento respiratório com que, inconscientemente, são supridas as necessidades da respiração.
Quando a pessoa tem conflitos, chora, fica pálida, ou vermelha de raiva, segundo seu temperamento, e a respiração se descontrola em soluços ou em intervalos respiratórios além do normal, poderá, então, a título de experiência, como exercício de repouso mental, simplesmente respirar. Respirar profunda e ritmadamente, procurando preencher sua capacidade respiratória, isto é, enchendo os pulmões de ar, sem retensão e sem movimentos violentos. Tranquilamente, respirar tranquilamente, dar oxigênio ao organismo, normalizar a circulação, acalmar a mente, acalmar as paixões, descansar, deixar que um sentimento de paz compenetre a mente, junto com o ar puro. Relaxar os músculos, relaxar os nervos e sentir a quietude que sucede à tempestade.
- Dra. Ophelia Guimarães.
Fonte: Correio Rosacruz, Janeiro de 1959.
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