segunda-feira, 29 de julho de 2013

Luiz

Hj eu quero homenagear meu pai. O nome dele era Luizito, e já escrevi algumas coisas sobre ele. Porém, o que ainda não disse ( mas considero importante) é q ele era um aventureiro. Por exemplo: aos 29 anos de idade, ele já era dono de um pequeno armazém de grande sucesso, tinha uma casa própria com quatro quartos num terreno de 1.200 m2 na rua principal da cidade.
Tudo na mais perfeita ordem. Então, inspirado por um Deus cuja voz só ele ouvia, largou tudo, fechou o armazém e a casa, e foi morar num ranchinho de sapé numa fazenda perdida, perto de Sengés, no Paraná. " Uma loucura"  - diziam todos, sem compreender o q realmente se passava na cabeça dele. Acontece q eu, hj, depois de conhecer Jesus, Osho e Nietzsche, compreendo esse gesto zen, esse maravilhoso gesto zen do meu pai.

E, num caminhão azul de mudança, lá se foi ele, com a esperança, a esposa e os filhos - menos eu, que entraria na escola dois ou três meses depois. Não me senti abandonado; ao contrario: escolhido. Segundo ele, eu precisava estudar.

E eu estudei.

(E.M)

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