Há dias que acordo com a nostalgia grudada em mim. Nesses dias qualquer música me leva à outros tempos, qualquer palavra me faz folhear livros com páginas amareladas as quais eram brancas e cheirosas não faz muito. Nesses dias me embriago de saudade, do início ao fim. Saudade do que foi e ficou lá atrás, mas que deixou rastros de poesia em meu peito. Deixo-me caminhar dentro desse baú de lembranças que dançam em minha cabeça ao som de Renato Russo: "É preciso amar, ah, ah..." Me disseram que não devo ficar muito tempo por lá, mas fico o suficiente para me deliciar, afinal lembranças foram feitas para lembrar.
É como fechar os olhos em meio ao sol, e, apesar deles estarem fechados, sua visão fica clara com toda a luz que irradia de fora pra dentro, mas uma hora tenho que abrir os olhos pra enxergar o sol real, o que está aqui, o que brilha de dentro pra fora.
Meu coração nasceu assim: como um disco de vinil rodando na vitrola, toca melodias antigas com harmonias novas.
Meire
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