Não tenho nome próprio.
Não tenho idade certa
Mas tenho um coração.
Hoje decidi sair sem rumo, gastar a rua, o all star que há tempos não saia do armário.
Tentei encontrar seus olhos, seu calor, seu perfume, em cada pessoa que passava por mim nas ruas. Tentei imaginar como você chegaria, se me diria um – oi- ou me daria um abraço apertado, ou ate mesmo um beijo de tirar o fôlego. Tentei adivinhar a cor do seu cabelo, se é gordo, musculoso ou magro. Usava barba, bigode ou deixava o rosto liso, como de uma criança. Eu o vi em meu pensamento com mil disfarces diferentes. Enquanto eu não sou tão diferente das outras assim, mas ouça uma coisa “nada me tira da cabeça que você vira ate mim, me trará uma paz imensurável e vai ter um sorriso lindo”. Eu ainda estou tentando encontrar você em casa olhar perdido, sorriso marcado, abraço acolhedor, todos os dias.
Aprendi que pra ser digna de recebê-lo, o amor é claro, eu devo aprender a ser paciente, ele logo vai chegar, mas ainda sim, essa vontade de ter você que eu não sei o nome, idade, cor ou etnia me massacra aqui por dentro. O que me conforta na verdade é saber que de uma forma ou de outra, nós vamos nos encontrar e quando isso acontecer nós vamos comemorar.
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