domingo, 4 de março de 2012

O carrossel


Está tudo rodando, docinho. Acho que nesse vai e vem estações, já sairam mais de mil anos de dentro de mim. Já devo ter dado umas setecentas e cinquenta voltas de estupidez e ainda continuo sem pensar em nada. Nada me movimenta. Já mudei de extremidades e figuras (cavalos, aviões, cadeiras) e nada me deixa num eixo ângular. É triste? Lhe comove? Não perca seu tempo. À mim não dói. Nunca doeu. Ás vezes, me pergunto: "Será que é um regresso?". Mas, não acho que não. Carrosséis não andam para trás. Eu te dou um aviso prévio: vai-te embora. A madeira apodrece depois de chuvas e de um eminente inverno. Mas, saiba de uma coisa: eu caminho no meu próprio parque de diversões.

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