domingo, 4 de março de 2012

Deixe ele entrar

Está tudo podre. O corpo não tem mais calor algum. O rosto que já ficou enrubescido, hoje preserva uma palidez mórbida e fria. São três da manhã e ainda está acordado. Uma fumaça saí de seus suportes, arranhando o céu infeliz. Matou a fome com restos mortais. Poupou-lhe os olhos, que não deveriam ser tão suculentos, mas que um dia brilharam de saudade.


Katiuska Pellegrini

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