Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui,
um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens
cantarão as horas
Me recamarei de estrelas
como um manto real
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!
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