Tenho ainda guardado
num recanto invicto do peito
cinco minutos de uma luz branca
que nunca usei,
como um fogo de último recurso,
que irei acender
quando a névoa me cercar
com as unhas gretadas da cegueira
e por detrás da porta
os dias mirrarem
na treva inerte
do fim dos caminhos.
Não quero partir
sem ver para onde me levam.
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