terça-feira, 23 de agosto de 2011

Luz derradeira.

Tenho ainda guardado
num recanto invicto do peito
cinco minutos de uma luz branca
que nunca usei,
como um fogo de último recurso,
que irei acender
quando a névoa me cercar
com as unhas gretadas da cegueira
e por detrás da porta
os dias mirrarem
na treva inerte
do fim dos caminhos.

Não quero partir
sem ver para onde me levam.

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