Pequeno Grande Erro

A neve caía
No chão o branco se estendia
As árvores eram encobertas vagarosamente
Em toda a paisagem lindamente
O branco encobria

Um jovem ali via
Na janela de coração doente.
Pensando melancolicamente
De que adiantaria
Sofrer tão dolorosamente
Um amor de que nada valia?

Uma menina jazia
Na cama inconsciente
Enquanto ele impotente
Nada fazia

O ódio se apoderou dele completamente
Revoltado por sua negligência
Enquanto sua amada inconsciente
Jazia naquela cama fria
Sofregamente

O rapaz ajoelhou-se na frente
Pegando a mão somente
Daquela que sempre amaria
Eternamente

Um ódio avassalador o consumia
Ao observar os olhos inocentes
Enquanto uma lágrima em seu rosto corria
Até alcançar a mão da pequena menina

Em seu coração, a dor o corroia
Ao pensar que nunca mais veria
Brotar em seu rosto de menina
Aquele sorriso que o aquecia

A pele macia
Sob suas mãos ele sentia
E o único calor que nela havia
Era aquela única lágrima que de seus olhos caía
Seus pensamentos querendo adivinhar como seria
Sua vida solitariamente
Novamente
Sem aquele ser inocente
Que a sua vida preenchia inteiramente

Viver agora... de nada lhe valia.
Pois aos poucos morria
O que na vida realmente valia
Pois tudo que sabia
Não era suficiente
Para curar aquele pobre ser inocente

De que valia toda aquela sabedoria
Se justamente o que queria
Não poderia realizar plenamente
Pois a cura, ele desconhecia totalmente!

Maldito dia!
Em que preguiço, ele dormia
Enquanto o mestre transmitia
O que hoje a salvaria!

Nunca imaginaria
Que naquele único dia
Aquela única aula faria
Um dia perder tudo de valor que tinha!

A culpa o consumia
Se odiando por não ter sido atento
Pois daria tudo naquele momento
Para o tempo retornar naquele dia
Que agora ele se arrependia
De tão pequeno erro inocente!