domingo, 27 de maio de 2012

Os caminhos que eu mesmo traço...

Dores senti, um dia, por não entender
E a amargura dos homens
de mim tomou conta – Oh, Ilusão! –
acreditar que habitava um mundo de homens.

Para esclarecer o indefinível, o norte ou o tênue fio
que une minha existência ao mundo planeta de plantas
De oceanos a um tempo cristal verde e titânica brancura
De ondas que se quebram na praia no ir e vir das marés
Chegas o entendimento que não – Homens! Avantes ao léu –
coabitamos o mesmo terreno, chão, orbe e teto de estrelas.

E subitamente à compreensão, me encontrei perdido
Nu no meio da noite deserta
em meu próprio mundo, árido, e agora
– Sozinho.

Tornei-me um andarilho.

R. Moran

Nos caminhos que traço,
Encontro perspectivas e sombras,
atalhos e encruzilhadas,
trilhas e compassos de dança
E por aí eu caminho
e a única certeza que resta
é percorrer toda sua extensão.
Sedento, incontinenti, desperto... arquejante

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