sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Tenho passado semanas atemporais.
passo o dia esperando o crepúsculo vermelho e a noite aguardando a aurora – ambos, pouco me trazem de novo.
tenho tido poucas certezas e muitas dúvidas.
não sei em que dia estou, nem quantos se passaram.
burocracia deixou de ser uma palavra enfrentada por mim.
pouco espero pois nunca sei do que vem.
as frases e os pensamentos estão elevados – em um estágio de vapor. moléculas dispersas, nada novo. nem antigo. talvez apenas o sempre diferente mesmo.
tenho andado torta, sem simetria, sem saber qual fôrma me cabe.
sinto como nunca. mas não prevejo nada. mantenho-me ignorante.

auroras e crepúsculos chegam e se vão. que novidades trarão do deserto, da sede e da fome?
a loucura é uma resposta confiável.

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